Published on outubro 12, 2023, 6:57 am

Bolsonaro e suas tentativas de golpe - O que sabemos até agora A defesa do presidente Bolsonaro está tentando desqualificar as provas de sua tentativa de aplicar um golpe para impedir a posse do ex-presidente Lula. No entanto, isso não muda o fato de que a simples tentativa de golpe já é considerada um crime. Surgiram informações de que Bolsonaro discutiu com políticos sobre uma possível trama para gravar o ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro admitiu ter recebido os políticos no Palácio da Alvorada, mas nega envolvimento. Além disso, há evidências de que Bolsonaro recebeu uma minuta para um golpe e apresentou o plano aos comandantes das Forças Armadas. A defesa argumenta que ele não assinou a minuta e que o golpe não se concretizou. No entanto, mais informações estão surgindo e evidenciando o envolvimento do presidente em ações para desestabilizar o país. A prisão ainda é uma possibilidade.

Notícias: Bolsonaro e suas tentativas de golpe – O que sabemos até agora

A defesa do presidente Bolsonaro está buscando desqualificar as provas e evidências de sua tentativa de aplicar um golpe para impedir a posse do ex-presidente Lula, alegando que não houve efetivamente um golpe. No entanto, isso não muda o fato de que a simples tentativa de golpe já é considerada um crime. É realmente algo para se rir.

Recentemente, surgiram informações de que Bolsonaro teria discutido com o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e o senador Marcos Do Val (Podemos-ES) sobre uma possível trama para gravar o ministro Alexandre de Moraes dizendo algo comprometedor. De acordo com relatos, foi isso mesmo que o senador disse a Moraes e depois à Polícia Federal. Bolsonaro admitiu ter recebido Do Val e Silveira no Palácio da Alvorada, mas alega ter apenas ouvido a conversa entre os dois. Ok, mas então por que ele não mandou prendê-los imediatamente?

Nenhuma autoridade, especialmente a mais alta autoridade do país, pode testemunhar discussões sobre golpes de Estado e não denunciá-las à Justiça. Também é vedado reunir-se com criminosos condenados como hackers para discutir questões relacionadas ao processo eleitoral.

Um exemplo disso foi quando a deputada Carla Zambelli (PL-SP) sugeriu que Bolsonaro conversasse com o hacker Walter Delgatti Neto. Assim sendo, Bolsonaro o recebeu no Palácio da Alvorada, perguntou se ele poderia fraudar uma urna e o enviou para reuniões com militares no Ministério da Defesa.

Segundo Delgatti, ele esteve no Ministério da Defesa quatro vezes. Quem o recebeu? É segredo para não atrapalhar as investigações. O que os militares perguntaram a Delgatti e qual foi sua resposta? Também é confidencial. No entanto, é importante notar que a palavra de um criminoso não vale muito. Mas quem disse que não vale?

Quantos crimes já não foram solucionados porque os próprios autores ou seus cúmplices fizeram suas confissões? No caso em questão, temos a palavra de um criminoso contra a palavra do presidente da República, ocupando seu cargo na época dos fatos. E daí? Estamos falando de um presidente interessado em dar um golpe.

Tanto é verdade que Bolsonaro recebeu de seu assessor, Filipe Martins, uma minuta para um golpe, conforme depoimento do tenente-coronel Mauro Cid em delação premiada à Polícia Federal. Bolsonaro pediu a Martins que alterasse a minuta para torná-la mais simples.

Em uma das versões finais dessa minuta, havia o plano de prender Alexandre de Moraes. Essa minuta foi apresentada aos comandantes das Forças Armadas pelo próprio Bolsonaro, e o chefe da Marinha concordou com o conteúdo escrito nela.

O chefe da Aeronáutica permaneceu calado enquanto o do Exército discordou. Essa discussão ocorreu durante mais uma reunião sobre o golpe no Palácio da Alvorada, em 16 de dezembro do ano passado. Vale ressaltar que quatro dias antes dessa reunião, Lula havia sido diplomado presidente.

Bom, até aqui tudo bem. Mas vale mencionar que Bolsonaro não assinou a minuta do golpe, segundo seus advogados. Além disso, argumentam que o golpe em si não se concretizou. Quanto ao suposto golpe planejado para 8 de janeiro, é importante destacar que Bolsonaro nem sequer estava no Brasil naquela ocasião, pois tinha se refugiado nos Estados Unidos após sua derrota eleitoral e permanecia abalado emocionalmente.

Será com esses argumentos que os advogados de Bolsonaro esperam livrá-lo da prisão? Provavelmente não será tão simples assim. A cada dia mais informações vêm à tona e evidenciam o envolvimento do presidente em ações que visavam desestabil

Original article posted by Fox News