Published on outubro 13, 2023, 10:06 am

Image source: Fox News
O grupo Hamas emitiu uma orientação para os habitantes da Faixa de Gaza não deixarem suas casas, apesar do alerta do exército israelense de uma possível invasão terrestre. Israel lançou mais bombardeios sobre Gaza nos últimos seis dias do que durante toda a guerra de 2014. O país mobilizou reservistas e reforçou a fronteira. O Hamas realizou o ataque mais sangrento desde 1973 e afirmou que prefere morrer a deixar suas terras. Autoridades israelenses relataram mais de 1.300 mortes no ataque do Hamas, e as respostas aéreas resultaram em mais de 1.400 mortes em Gaza. A população foi instruída a evacuar, mas não há para onde fugir e o principal hospital está na área afetada.
O grupo Hamas emitiu uma orientação aos habitantes da Faixa de Gaza para não deixarem suas casas nesta sexta-feira, 13, em contraposição ao alerta feito pelo exército israelense. Os militares de Israel haviam instruído toda a população do norte do território a fugir para o sul em um prazo de 24 horas, em preparação para uma possível invasão terrestre que poderia resultar em muitas mortes.
Eyad Al-Bozom, porta-voz do Ministério do Interior do Hamas, fez um apelo aos árabes de diversos países e especialmente aqueles que compartilham fronteiras com Israel para apoiarem o povo de Gaza.
“Dizemos às pessoas do norte de Gaza e da Cidade de Gaza que permaneçam em suas casas e em seus locais. Ao realizar massacres contra civis, a ocupação tem o objetivo de nos deslocar novamente de nossas terras”, afirmou Al-Bozom.
Uma nova escalada na guerra parece iminente. Nas últimas seis dias, Israel lançou mais bombardeios sobre Gaza do que durante os dois meses inteiros do conflito ocorrido em 2014. O país mobilizou 300 mil reservistas e reforçou a fronteira com tanques e aviões caças.
Essa possível incursão pode ser um capítulo crucial nas batalhas travadas entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas. No último sábado, o Hamas realizou seu ataque mais sangrento ao país desde a guerra árabe-israelense de 1973. Em Gaza, as ameaças de invasão terrestre trouxeram à memória imagens da Nakba (que, em árabe, significa “catástrofe”), termo utilizado para se referir à guerra iniciada por Israel em 1948, a qual resultou na expropriação em massa de palestinos.
“O deslocamento ocorrido em 1948 não se repetirá. Preferimos morrer a deixar nossas terras”, declarou Al-Bozom durante uma entrevista coletiva no hospital Shifa, localizado na cidade de Gaza.
Segundo autoridades israelenses, os militantes do Hamas mataram mais de 1.300 pessoas em seu ataque realizado no último dia 7. Esse número continua a aumentar à medida que novos corpos são descobertos. As constantes respostas aéreas israelenses aos atos terroristas resultaram na morte de mais de 1.400 pessoas em Gaza desde então, conforme as autoridades locais relatam.
Nesta sexta-feira, o exército de Israel enviou um comunicado à população de Gaza ordenando sua retirada e afirmou que o Hamas utiliza civis como “escudos humanos”. A ordem foi direcionada a um milhão de pessoas. Entretanto, segundo a ONG Human Rights Watch, não há para onde essas pessoas possam fugir. As estradas estão devastadas, o combustível é escasso e o maior hospital da região está localizado na área que os habitantes foram instruídos a evacuar – o hospital Shifa é um dos treze hospitais públicos presentes em Gaza.
Original article posted by Fox News