Published on outubro 11, 2023, 8:46 pm

O ministro Dias Toffoli, do STF, rejeitou o recurso do Partido Liberal e de Bolsonaro contra a multa aplicada pelo TSE por propaganda antecipada irregular. A decisão se baseia no fato de que os ataques ao TSE feitos por Bolsonaro fazem parte de sua campanha eleitoral e configuram propaganda antecipada. A defesa de Bolsonaro recorreu ao STF, mas o ministro considerou que não houve violação dos direitos ou da segurança jurídica do ex-presidente. Essa decisão reforça a postura das instituições em coibir práticas irregulares no processo eleitoral. É importante questionar a segurança das urnas eletrônicas dentro dos mecanismos legais adequados para preservar a integridade do sistema eleitoral brasileiro.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o recurso apresentado pelo Diretório Nacional do Partido Liberal e por Jair Messias Bolsonaro contra a multa de R$ 20 mil imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa multa foi aplicada ao ex-presidente pela prática de propaganda antecipada irregular durante uma reunião com embaixadores realizada no Palácio do Planalto em julho de 2022.

De acordo com a decisão da Corte Eleitoral, o ataque ao TSE e ao sistema eletrônico de votação feito por Bolsonaro faz parte das questões abordadas em sua campanha eleitoral e, portanto, configura propaganda eleitoral antecipada. Além disso, os ministros ressaltaram que houve violação da resolução do TSE, pois o candidato disseminou desinformação e questionou a credibilidade do sistema eletrônico de votação.

Essa decisão foi tomada a partir de quatro representações movidas pelo Ministério Público Eleitoral e por partidos políticos. Todas as representações argumentaram que, durante a reunião com diplomatas no dia 18 de julho de 2022, Bolsonaro proferiu um discurso afirmando que havia ocorrido fraude no sistema de votação digital utilizado no país desde 1996. Esse discurso foi amplamente divulgado na internet e transmitido pela TV Brasil.

A defesa de Bolsonaro recorreu da decisão ao STF, sendo o ministro Dias Toffoli designado como relator desse recurso. O ministro considerou que não houve violação dos direitos ou da segurança jurídica do ex-presidente, conforme alegado pela defesa. Segundo ele, os argumentos apresentados não foram suficientes para afastar os fundamentos que embasaram a inadmissibilidade do recurso.

No encontro com diplomatas, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro levantou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, repetindo argumentos desmentidos por órgãos oficiais e enfatizando a importância de eleições “limpas” e “transparentes”. No entanto, o TSE considerou que manipular dados e induzir o eleitor ao erro vai além da liberdade de expressão e representa uma ameaça à democracia.

É importante destacar que essa decisão do STF é relevante no contexto político atual, uma vez que reforça a postura das instituições em coibir práticas irregulares que possam comprometer a lisura do processo eleitoral. Essa multa é mais uma consequência das declarações feitas por Bolsonaro e evidencia a necessidade de respeito às regras estabelecidas pela Justiça Eleitoral.

Dessa forma, fica claro que o questionamento sobre a segurança das urnas eletrônicas deve ser feito dentro dos mecanismos legais adequados para evitar distorções e preservar a integridade do sistema eleitoral brasileiro. É fundamental garantir um ambiente democrático onde todas as opiniões sejam respeitadas, mas sem permitir que desinformações e ataques infundados sejam disseminados de forma irresponsável.

Original article posted by Fox News