Published on outubro 11, 2023, 7:31 am

TLDR: O artigo discute como as potências ocidentais estão ignorando o sofrimento dos palestinos em Gaza, da mesma forma que ignoraram o sofrimento dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Enquanto condenam os ataques do Hamas, elas não mencionam as mortes de palestinos causadas pelos ataques de Israel. O bloqueio imposto por Israel a Gaza tem causado várias consequências negativas para a população, como falta de acesso a serviços essenciais e altos índices de desemprego e pobreza.

Notícias: As potências ocidentais continuam fechando os olhos para o sofrimento dos palestinos em Gaza

Assim como durante a Segunda Guerra Mundial as grandes potências do mundo ocidental ignoraram o sofrimento dos judeus nas mãos da Alemanha nazista, agora elas seguem procedendo da mesma maneira em relação ao sofrimento imposto por Israel aos palestinos que vivem na Faixa de Gaza.

Durante a guerra, essas potências não podiam fechar os olhos para a existência dos campos de concentração e suas câmaras de gás que dizimaram judeus, ciganos e outras minorias. No entanto, denunciar ou atacar esses campos não era uma prioridade. O objetivo principal era derrotar rapidamente Hitler para salvar as vidas dos soldados aliados.

O mesmo raciocínio foi aplicado à guerra contra o Japão. Derrotá-lo pelos meios convencionais custaria milhares de vidas aos Estados Unidos, Rússia, Reino Unido e França. Por isso, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, resultando na morte de cerca de 90 a 166 mil pessoas em Hiroshima e 60 a 80 mil pessoas em Nagasaki.

Em maio de 2016, o então presidente Barack Obama visitou Hiroshima e depositou uma coroa de flores no monumento aos mortos. Quando questionado se pediria perdão pelo que seu país havia feito, sua resposta foi: “Não, porque creio que é importante reconhecer que no meio da guerra os líderes tomam todo tipo de decisões”.

Joe Biden era o vice-presidente de Obama na época. Agora, como presidente dos Estados Unidos, Biden falou ao mundo sobre os ataques do grupo terrorista Hamas, que resultaram na morte de mais de 998 israelenses e ferimentos em cerca de 3.420 pessoas. No entanto, ele não mencionou uma palavra sobre os 950 palestinos mortos e os 5.000 feridos devido aos ataques de Israel à Gaza.

Quando Israel começou a bombardear a Faixa de Gaza no último sábado, a esposa de Amer Ashour entrou em trabalho de parto. Ashour estava preocupado em como chegariam à maternidade, mas o que ele não esperava era que quando deixasse o hospital com seu filho recém-nascido, não teria mais um lugar para morar.

O apartamento de Ashour foi pulverizado por uma bomba israelense. Sua família faz parte dos mais de 180 mil habitantes da Faixa de Gaza cujas casas foram reduzidas a destroços pelo bombardeio aéreo mais intenso dos últimos 75 anos da guerra entre israelenses e palestinos. Quem Israel está punindo?

“Há [16] anos Israel respondeu à tomada do controle da Faixa de Gaza pelo Hamas impondo um bloqueio sem precedentes aos cerca de dois milhões de habitantes desse território”, lembra Jean-Pierre Filiu, professor de Estudos do Oriente Médio no Instituto Sciences Po em Paris.

Gaza se tornou o que o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy chamou em 2007 de “a maior prisão ao ar livre do mundo”. Isso não impediu a ocorrência de quatro guerras entre Israel e o Hamas desde então (2008-2009, 2012, 2014 e 2021). “Neste 7 de Outubro, a panela finalmente explodiu”, observa Filiu.

O bloqueio impede que a população de Gaza tenha acesso a serviços essenciais em Jerusalém, como atendimento médico especializado, serviços bancários e educação. A taxa de desemprego é extremamente alta; aumentou de 23,6% em 2005, antes do bloqueio, para 49% em 2020. A taxa de pobreza subiu de 40% para 56%.

Israel limita a importação de alimentos a uma cesta básica mínima para subsistência, “o suficiente para sobreviver sem desenvolver má nutrição”, segundo pesquisadores da American University of Beirut no Líbano. Na verdade, 80% da população depende da ajuda humanitária internacional para sobreviver.

A mesma política é aplicada à eletricidade, combustível e

Original article posted by Fox News