Published on outubro 14, 2023, 5:59 am

A recente tensão na Faixa de Gaza revela o erro estratégico de Israel. Ao responder ao terror com terror, ignorando as regras e advertências internacionais, Israel corre o risco de pagar um alto preço por suas ações. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu parece estar cego pela fúria e falhou ao fortalecer o Hamas em detrimento da Autoridade Palestina, permitindo que o grupo se tornasse mais poderoso. Além disso, os serviços de inteligência israelenses parecem ter falhado em identificar corretamente as intenções do Hamas. A base eleitoral do governo de extrema-direita também influencia suas ações, incentivando a violência contra os palestinos. Em resumo, o Hamas conseguiu atrair Israel para uma guerra indesejável e colocá-lo em uma situação de batalha em várias frentes ao mesmo tempo.

Notícias: Tensão na Faixa de Gaza – O erro estratégico de Israel

O recente conflito entre Israel e Hamas, ocorrido em 7 de outubro, chocou o mundo com as atrocidades cometidas pelo grupo. Famílias inteiras foram mortas enquanto dormiam ou acabavam de acordar ao som dos tiros. Jovens que se divertiam em uma festa e pessoas que tentavam fugir em carros também foram vítimas desses atos de puro terror.

Israel, como país soberano, tem o direito não apenas de se defender, mas também de entrar em guerra contra aqueles que lhe causaram tanta dor. No entanto, mesmo sendo detentor de um dos exércitos mais poderosos do mundo e contando com um serviço de inteligência capaz de localizar e eliminar seus inimigos onde quer que estejam escondidos, Israel não deveria responder ao terror com terror.

Diante dessa situação preocupante, o presidente americano Joe Biden alertou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sobre a importância do respeito à Convenção de Genebra, que estabelece as regras para a conduta durante guerras. É importante lembrar que qualquer conflito armado que resulte em milhares de mortes por ano pode ser considerado uma guerra legítima. Apesar disso, Israel decidiu ignorar essas regras e advertências, correndo o risco de pagar um alto preço por suas ações.

Netanyahu parece estar cego pela fúria ao perceber que sua carreira política está próxima do fim mais lamentável possível: marcada pelo fracasso como estrategista e banhada em sangue israelita. Nunca houve um período tão curto na história de Israel com tanto derramamento de sangue como agora. Infelizmente, Netanyahu se enganou e acabou sendo feito de bobo pelo Hamas.

Para entender melhor essa guerra, é preciso apontar o maior erro estratégico cometido por Netanyahu: fortalecer o Hamas e enfraquecer a Autoridade Palestina para sabotar qualquer acordo territorial com os palestinos. Em reuniões com seus colegas de governo, ele afirmava que havia transformado o Hamas em um aliado de Israel.

Segundo o historiador israelense Dmitry Schumsky, essa doutrina tinha como objetivo perpetuar o conflito entre o Hamas em Gaza e a Autoridade Palestina na Cisjordânia. Isso garantiria uma paralisia diplomática, afastando qualquer possibilidade de negociações sobre a partilha da Palestina em dois Estados. No entanto, essa estratégia duvidosa permitiu que o Hamas se transformasse de um grupúsculo terrorista em um exército letal.

O general na reserva Gershon Hacochen, colaborador do primeiro-ministro, expressou sua opinião sobre esse assunto em 2019: “Temos que falar a verdade. A estratégia de Netanyahu para evitar a opção de dois Estados é fazer do Hamas um parceiro próximo. Abertamente, ele é considerado inimigo. Secretamente, no entanto, é tratado como aliado”.

Além disso, os serviços de inteligência israelenses parecem ter falhado ao não identificarem corretamente as intenções do Hamas. É comum que informações sejam filtradas para satisfazer os superiores e também que chefes ouçam apenas o que lhes interessa. Tzachi Hanegby, conselheiro de segurança de Netanyahu, garantiu dias antes do conflito em 7 de outubro que não havia nada a temer por parte do Hamas.

Entre os ministros de extrema-direita, Itamar Ben-Gvir (Segurança) e Bezalel Smotrich (Finanças e Territórios), incentivaram ainda ações violentas dos colonos israelenses contra os palestinos na Cisjordânia. O fato de o governo ter alocado três quartos dos seus efetivos militares para proteger esses colonos no norte do país mostra claramente onde está a base eleitoral desse governo de extrema-direita.

O objetivo do Hamas sempre foi sobreviver sem perder relevância. Eles conseguiram atrair Israel para uma guerra indesejável, colocando-o em uma situação de batalha em várias frentes ao mesmo tempo. O saldo de mortos e feridos é in

Original article posted by Fox News